28 Cidades dos EUA estão Afundando – mas uma está Afundando a uma Taxa Alarmante

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Um novo relatório alarmante revela que 28 cidades dos EUA estão afundando, mostrando sinais de subsidência geológica que podem afetar edifícios e infraestrutura mais cedo do que o esperado. Pesquisadores da Virginia Tech e Columbia, usando radar via satélite, detectaram movimentações significativas do solo em cidades de todos os tamanhos. Embora parte seja natural, cerca de 80% vem da ação humana. Mas, como mostra o exemplo de Houston, a intervenção é essencial para reduzir riscos e proteger as áreas afetadas.

Medidas de satélite revelam deslocamentos de terrenos em cidades dos EUA

Pesquisadores da Virginia Tech e Columbia usaram radar via satélite e detectaram movimento significativo do solo em cidades grandes e pequenas por todo o país. Em 25 das 28 cidades, pelo menos 65% da área urbana está afundando. “Até mesmo pequenas quedas na terra podem comprometer significativamente a integridade estrutural de edifícios, estradas, pontes e ferrovias ao longo do tempo“, disse Leonard Ohenhen, ex-aluno de pós-graduação da Virginia Tech e autor principal do estudo. No entanto, um lugar se destaca dos outros: Houston, Texas. A grande cidade do sul enfrenta sérios problemas, com 42% de sua área afundando mais de 5 mm por ano e 12%, mais de 10 mm. Ao longo de uma década, esse afundamento, especialmente se for desigual, representa risco estrutural considerável.

Crédito:Urban Land Subsidence in US Cities. The average rate of vertical land motion (VLM) for 28 cities as evaluated; each circle is color-coded for average VLM  Columbia University

“Ao contrário dos perigos de subsidência relacionados a inundações, onde os riscos se manifestam apenas quando altas taxas de subsidência fazem a elevação do terreno cair abaixo de um limite crítico, os danos à infraestrutura induzidos pela subsidência podem ocorrer mesmo com pequenas mudanças no movimento do solo“, observaram os pesquisadores no estudo.

Cidades do Texas Enfrentando Subsistência Severas

O Texas possui as três cidades com as taxas de afundamento mais rápidas entre as 28, com Fort Worth e Dallas atrás de Houston. Isso não é uma surpresa, dado o clima do estado, o crescimento rápido, o uso intensivo de água subterrânea tanto para a população quanto para a agricultura, além da extração de petróleo e gás.

As três cidades estão situadas em solo rico em argila, que naturalmente se expande quando molhado e encolhe rapidamente quando seco, tornando o terreno sob essas áreas urbanas particularmente propenso a subsidência. Além disso, a extração de água subterrânea reduz a pressão da água no subsolo, o que faz com que os solos argilosos se contraiam e se compactem – o que, como você pode imaginar, é uma má notícia para o que está acima da superfície. O peso da infraestrutura e as condições de seca ainda impactam esses solos ricos em argila.

Enquanto Houston ainda está afundando, isso não se compara aos padrões do passado, quando a extração de água subterrânea não regulamentada fez com que a cidade afundasse quase 5 cm (2 polegadas) por ano em seu pico. Isso levou a uma grande revisão do sistema para mitigar os danos.

Outras cidades que estão no topo da lista de 28 incluem Chicago, Nova York, Seattle, Denver e Detroit. No total, essas áreas urbanas abrigam cerca de 34 milhões de pessoas. Os cientistas estão preocupados porque, ao contrário de desastres naturais como furacões ou inundações, a subsidência é menos impactante imediatamente, tornando mais fácil (e mais barato) ignorá-la.

“A natureza latente desse risco significa que a infraestrutura pode ser silenciosamente comprometida ao longo do tempo, com danos só se tornando evidentes quando estão graves ou potencialmente catastróficos“, disse Manoochehr Shirzaei. “Esse risco é frequentemente exacerbado em centros urbanos em rápida expansão.”

Crédito:Houston, Texas, is the nation’s fastest-sinking city, with areas subsiding more than 20 millimeters a year Map by Jeremy Hinsdale, based on Ohenhen et al., Nature Cities 2025

Cidades de Preocupação: Aeroporto LaGuardia e Las Vegas

Outras áreas de preocupação para os pesquisadores incluíam a região ao redor do Aeroporto LaGuardia, em Nova York, onde a terra estava afundando mais rapidamente do que em outras partes do estado, e partes de Las Vegas, Washington, D.C. e São Francisco.

E não é apenas a infraestrutura que está em risco; qualquer perda de terra torna a área mais vulnerável a inundações – um evento climático extremo que deve aumentar conforme o planeta aquece. Nova York, Chicago, Los Angeles, Phoenix, Houston, Filadélfia, San Antonio e Dallas experenciaram coletivamente mais de 90 eventos de inundação desde 2000.

No mês passado, outro estudo investigou os processos geológicos por trás do problema de subsidência da América do Norte, que vale a pena ler se você ainda não está cansado de desastres.

Exemplos Globais: China, Veneza e Cidade do México

No entanto, os EUA não estão sozinhos, com a China enfrentando o mesmo problema, assim como Veneza – que perdeu cerca de 23 cm (9 polegadas) – e a Cidade do México, onde algumas áreas estão afundando a uma taxa alarmante de cerca de 50 cm (1,6 pés) a cada ano.

Pesquisadores da Virginia Tech e Columbia usaram radar via satélite e identificaram movimentos significativos do solo em cidades grandes e pequenas por todo o país. Mas, como mostram as medidas de mitigação de Houston, a intervenção é fundamental para conter os impactos. Os cientistas do último estudo apontam que medidas como elevação de terrenos, melhor drenagem e até a construção de wetlands artificiais podem reduzir o impacto das águas da inundação.

“Em vez de apenas dizer que é um problema, podemos responder, abordar, mitigar, adaptar”, disse Ohenhen. “Precisamos avançar para soluções.”

Os pesquisadores são o mais recente grupo de cientistas que instam legisladores e formuladores de políticas a agir agora, em vez de esperar pelas consequências no futuro.

“A mitigação direcionada por meio do planejamento estratégico de barragens, recarga gerenciada de aquíferos e políticas de extração de recursos pode ser útil para controlar, pausar ou até mesmo reverter a subsidência”, escreveram eles. “Em última análise, uma estrutura mitigativa e adaptativa robusta e sustentável deve abranger monitoramento contínuo, colaboração das partes interessadas e planos de gerenciamento flexíveis.”

A lista completa das 28 cidades, em ordem da mudança terrestre mais rápida, é:

1. Houston, TX
2. Fort Worth, TX
3. Dallas, TX
4. Chicago, IL
5. New York, NY
6. Denver, CO
7. Seattle, WA
8. Columbus, OH
9. Indianapolis, IN
10. Charlotte, NC
11. Detroit, MI
12. San Antonio, TX
13. Las Vegas, NV
14. Washington, D.C.
15. Nashville, TN
16. San Francisco, CA
17. Portland, OR
18. San Diego, CA
19. Philadelphia, PA
20. Austin, TX
21. Oklahoma City, OK
22. Phoenix, AZ
23. El Paso, TX
24. Boston, MA
25. Los Angeles, CA
26. Memphis, TN
27. San Jose, CA
28. Jacksonville, FL

Leia o Artigo Original em: New Atlas

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