Um Estudo Mostra que os Riscos Atuais da IA são mais Assustadores do que as Previsões Apocalípticas

Crédito: Pixabay
A maioria das pessoas está mais preocupada com os riscos imediatos da inteligência artificial do que com ameaças teóricas e distantes à sobrevivência da humanidade. Um novo estudo da Universidade de Zurique mostra que os entrevistados diferenciam claramente entre riscos futuros abstratos e questões específicas e tangíveis, dando mais peso a estas últimas.
Embora haja amplo consenso de que a IA apresenta riscos significativos, as pessoas diferem na forma como veem e priorizam esses perigos. Alguns enfatizam riscos especulativos de longo prazo, como a IA ameaçando a existência humana, enquanto outros se concentram em questões urgentes do mundo real, como a IA amplificando preconceitos sociais e disseminando desinformação.
Especialistas alertam que uma ênfase exagerada em “riscos existenciais” dramáticos pode desviar a atenção dos problemas urgentes e concretos que a IA já está causando.
Explorando a Percepção Pública: Um Estudo sobre Riscos e Benefícios da IA
Um grupo de cientistas políticos da Universidade de Zurique conduziu três experimentos online com mais de 10.000 participantes dos EUA e do Reino Unido, expondo-os a diferentes enquadramentos da IA: riscos catastróficos, ameaças atuais como discriminação e desinformação, ou benefícios potenciais. O objetivo era avaliar se os alertas sobre uma catástrofe futura e distante da IA reduzem a conscientização sobre problemas reais e atuais.
Estudo constata que os Riscos atuais da IA Geram maior Preocupação do que Catástrofes Futuras
“Nossas descobertas indicam que os entrevistados estão muito mais preocupados com os riscos atuais da IA do que com potenciais catástrofes futuras”, afirma o professor Fabrizio Gilardi, do Departamento de Ciência Política da UZH.
Mesmo quando textos que destacavam ameaças existenciais intensificavam os temores sobre tais cenários, as preocupações com questões atuais – como o viés impulsionado pela IA e o deslocamento de empregos – permaneceram mais proeminentes. O estudo também revela que as pessoas conseguem diferenciar entre perigos teóricos e problemas concretos, levando ambos a sério.
Preenchendo a lacuna de conhecimento: as ameaças atuais à IA continuam sendo uma grande preocupação, apesar dos cenários futuros
O estudo aborda uma lacuna fundamental na compreensão. Discussões públicas frequentemente expressam preocupações de que o foco em cenários futuros sensacionalistas desvia a atenção de questões urgentes do presente. Este é o primeiro estudo a mostrar que a preocupação com ameaças atuais persiste, mesmo diante de alertas apocalípticos.
“Nosso estudo demonstra que discussões sobre riscos de longo prazo não necessariamente prejudicam a atenção para problemas imediatos“, afirma a coautora Emma Hoes. Gilardi enfatiza: “O discurso público não deve ser enquadrado como uma situação de ‘ou isso ou aquilo’. Precisamos de uma abordagem equilibrada que reconheça os desafios atuais e os potenciais desafios futuros.”
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