Startup de Energia Solar Espacial Prepara Demonstração de Transmissão de Energia a Laser para 2026

A Aetherflux espera reviver e testar um conceito da década de 1970 para transmitir energia solar do espaço para receptores na Terra usando lasers. Aetherflux
A ideia de coletar energia solar no espaço e transmiti-la para a Terra — algo que poderia ser descrito como um “Starlink para eletricidade” — pode parecer ambiciosa, talvez até um pouco utópica. Mas isso não impediu Baiju Bhatt de apostar nisso.
Bhatt, o bilionário e cofundador do aplicativo financeiro Robinhood, lançou a Aetherflux, uma startup totalmente focada na transmissão de energia solar de satélites para receptores terrestres. Após anunciar o projeto no ano passado, ele já garantiu US$ 50 milhões em financiamento Série A de investidores do Vale do Silício e pretende realizar uma demonstração em 2026.
Corrida Global pela Energia Solar Espacial
Outros esforços semelhantes vêm ganhando força nos últimos anos. Em 2022, a China construiu uma instalação de verificação terrestre de 75 metros de altura para estudar como receber energia solar transmitida sem fio. Em 2024, o país também revelou planos para construir uma usina de energia solar espacial com 1 quilômetro de largura.
A Agência Espacial Europeia também está explorando o conceito, juntamente com uma startup britânica em parceria com a Islândia. Em 2023, o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) demonstrou com sucesso a transmissão de uma pequena quantidade de energia de um satélite para a Terra usando micro-ondas.
A Aetherflux afirma já ter conseguido uma transmissão de energia bem-sucedida em ambiente de laboratório. Mas a empresa está seguindo um caminho diferente: “Estamos construindo uma constelação de pequenos satélites em órbita terrestre baixa, trabalhando juntos para transmitir energia a muitas pequenas estações terrestres. Em vez de usar micro-ondas, usaremos lasers infravermelhos, que permitem maior potência e receptores terrestres menores.”
Em entrevista ao TechCrunch, Bhatt explicou que a empresa está desenvolvendo estações terrestres portáteis com cerca de 5 a 10 metros de diâmetro para fornecer eletricidade a locais ao redor do mundo.
Energizando Áreas Remotas e Missões Militares
A missão da Aetherflux é capturar energia solar e distribuí-la a ilhas remotas, regiões atingidas por desastres e operações militares americanas ativas no exterior. A empresa dá ênfase especial a este último caso de uso e recebeu aprovação para suporte financeiro do Departamento de Defesa dos EUA por meio do Fundo de Melhoria da Capacidade Energética Operacional (OECIF).
Apesar do crescente interesse, a energia solar espacial continua sendo um desafio altamente complexo. Nosso colega David Szondy já detalhou como ela funciona e por que é tão difícil.
A YouTuber de ciência Sabine Hossenfelder está entre os céticos em relação à tecnologia, citando grandes obstáculos, como satélites que sofrem flutuações extremas de temperatura ao passar pela sombra da Terra e a necessidade de sincronização ultraprecisa de feixes de energia de sistemas intrincadamente montados.
Mesmo assim, a Aetherflux está avançando. A empresa planeja usar um barramento de satélite — o sistema central de um satélite que cuida da propulsão, das comunicações e de outras funções vitais — fornecido pela empresa de tecnologia espacial Apex Space, sediada em Los Angeles.

A Aetherflux utilizará um barramento de satélite Aeries (mostrado aqui) da Apex Space, provedora de plataforma sediada em Los Angeles. Aetherflux
Com um total de US$ 60 milhões em financiamento e apoio do exército dos EUA, a Aetherflux pretende lançar sua demonstração em órbita terrestre baixa em algum momento de 2026.
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