Cientistas Podem Ter Descoberto Como o Cérebro se Renova Durante o Sono

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Quando dormimos e sonhamos, o cérebro pode passar por um “ciclo de lavagem”, eliminando os subprodutos tóxicos para se preparar para o dia seguinte. Investigadores da Universidade de Copenhaga mapearam agora o fluxo de neurotransmissores, sangue e líquido cefalorraquidiano em ratos, descobrindo como funciona este processo – e revelando que medicamentos comuns para dormir, como o Ambien, podem perturbá-lo.

O sistema glinfático, descoberto em ratinhos há uma década, canaliza o líquido cefalorraquidiano para o cérebro para eliminar os resíduos, incluindo as toxinas associadas à doença de Alzheimer. Também equilibra a água, apoia o sistema imunitário e fornece energia. Embora estudos anteriores tenham relacionado a atividade do sistema com as ondas cerebrais durante o sono, a maioria baseou-se em animais anestesiados, deixando lacunas na compreensão da sua função natural.

(Hauglund, Cell, 2025)

Utilizando implantes de fibra ótica, os investigadores seguiram a norepinefrina, um neurotransmissor, em ratos acordados e a dormir. Descobriram que, durante o sono sem sonhos, a norepinefrina provocava contracções rítmicas dos vasos sanguíneos, ajudando o líquido cefalorraquidiano a penetrar no cérebro. Esta limpeza do sono profundo era menos eficaz durante a vigília ou o sonho.

Impacto dos soníferos na limpeza do cérebro: Efeitos perturbadores do zolpidem

A equipa também explorou a forma como os soníferos, como o Zolpidem, afectam o processo. Descobriram que o fármaco reduzia as oscilações rítmicas, impedindo o líquido cefalorraquidiano de limpar completamente o cérebro.

Embora seja necessária mais investigação para confirmar estes resultados em seres humanos, o estudo sublinha a importância do sono profundo e natural para a saúde do cérebro. Os medicamentos para dormir ainda têm o seu lugar, mas a compreensão do seu potencial impacto pode orientar as decisões futuras sobre a sua utilização.

Leia o Artigo Original: Science Alert

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