A Deglutição Pode Desencadear uma Resposta de Bem-Estar no Cérebro que Promove a Alimentação

A Deglutição Pode Desencadear uma Resposta de Bem-Estar no Cérebro que Promove a Alimentação

Crédito: Pixabay

Num estudo realizado com larvas de moscas da fruta, os investigadores descobriram como a deglutição desencadeia a libertação de serotonina no cérebro, lançando luz sobre a ligação entre comer e o prazer nos animais.

Se existirem mecanismos semelhantes nos seres humanos, isto poderá oferecer informações valiosas sobre a nossa própria vontade de comer e beber. Ao mapear o sistema nervoso entérico da mosca da fruta, os cientistas adquiriram uma nova compreensão da deglutição, que descrevem como “indiscutivelmente a decisão mais crucial que um animal tem de tomar”.

“Descobrir as vias neuronais que ligam a digestão e a comunicação cerebral durante a alimentação e a deglutição”

O neurocientista Michael Pankratz, da Universidade de Bona, explica que o seu objetivo era compreender a forma como o sistema digestivo comunica com o cérebro durante a alimentação. Para tal, era necessário identificar os neurónios específicos envolvidos e a forma como são activados.

Os investigadores levaram o seu estudo para o nível seguinte, cortando uma larva em milhares de secções finas, fotografando cada uma delas sob potentes microscópios e mapeando os neurónios e as suas ligações.

Utilizando software informático, os investigadores criaram um modelo 3D a partir das fotografias, revelando um recetor de estiramento no esófago que se liga a seis neurónios no cérebro da larva. Estes neurónios monitorizam a deglutição e avaliam a qualidade dos alimentos. Se for detectada uma comida de alta qualidade, o cérebro liberta serotonina como recompensa, levando a larva a continuar a comer. “Os neurónios avaliam se se trata de alimento e a sua qualidade”, afirma o neurocientista Andreas Schoofs, da Universidade de Bona.

“As moscas da fruta como modelo para compreender os comportamentos fundamentais de sobrevivência”

As moscas da fruta têm menos de 200.000 neurónios, mas o seu sistema mais simples modela os comportamentos básicos de sobrevivência. O próximo passo é verificar se o mesmo mapa neural e a mesma libertação de serotonina encontrados nas moscas da fruta também existem nos seres humanos. É necessária mais investigação para confirmar se esta resposta se aplica a nós.

Ainda temos muito a aprender sobre o funcionamento deste circuito de controlo nos seres humanos”, afirma Pankratz. “Serão necessários anos de investigação para o compreender completamente.”


Leia o Artigo Original: Science Alert

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