Um Pinguim-gentoo Selvagem que Vive na Antártica foi Descoberto com uma Condição de Melanismo

Um Pinguim-gentoo Selvagem que Vive na Antártica foi Descoberto com uma Condição de Melanismo

Um pinguim Gentoo (Pygoscelis papua) melanístico ao lado de outros pingüins de cor normal. Crédito: Pixaobay
Um pinguim Gentoo (Pygoscelis papua) melanístico ao lado de outros pingüins de cor normal. Crédito: Pixaobay

Um grupo de biólogos de várias instituições argentinas fez uma descoberta intrigante na Antártica. Eles encontraram um caso de melanismo em um pinguim-gentoo selvagem e detalharam suas descobertas em um artigo publicado na revista Polar Biology. O artigo não apenas descreve o espécime observado, mas também explora possíveis explicações para sua coloração exclusiva.

Coloração Distinta dos Pingüins Gentoo em Hope Bay

Os pinguins-gentoo que habitam Hope Bay, situada na ponta da Península Antártica, geralmente apresentam padrões de coloração distintos. Eles geralmente têm coloração preta nas superfícies superiores de suas asas e uma parte inferior branca.

Além disso, suas costas são geralmente todas pretas, enquanto suas frentes, excluindo a cabeça, são predominantemente brancas. Essa aparência característica, semelhante a um smoking, é comum entre várias espécies de pinguins.

Investigações científicas anteriores revelaram que essa adaptação específica de coloração serve para proteger essas aves de predadores enquanto estão na água. Quem os visse de cima teria dificuldade em distinguir suas costas escuras do oceano escuro embaixo, enquanto quem estivesse embaixo teria dificuldade em separar suas frentes brancas do céu acima.

No entanto, algumas mutações ocasionais podem resultar em uma coloração não convencional.

Em uma pesquisa recente, uma equipe de cientistas encontrou um pinguim-gentoo que apresentava melanismo. Isso significa que certas penas tradicionalmente brancas na frente e embaixo das asas assumiram uma tonalidade escura, resultando em uma aparência salpicada.

Casos Anteriores de Coloração Incomum em Pinguins

Embora essa observação não seja totalmente inédita – outra equipe observou um pinguim-rei com uma condição semelhante em 2010 – nesse caso mais recente, os pesquisadores não encontraram nenhuma indicação de que a coloração escura adicional do pinguim em sua frente branca o tornasse mais vulnerável a predadores.

Além disso, ele parecia não incomodar os outros pinguins da colônia. No entanto, os pesquisadores não puderam confirmar o sexo do pinguim ou sua condição de reprodutor, o que deixa dúvidas sobre a possibilidade de sua coloração incomum afetar sua capacidade de encontrar um parceiro.

Os cientistas ressaltam que pesquisas anteriores sugeriram que o melanismo ocorre a uma taxa de aproximadamente um em 250.000 pinguins, com base em sua taxa de ocorrência em outras espécies animais.


Leia o Artigo Original: Phys Org

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