Um Robô Parecido à Cachorro Funciona Automáticamente

Um Robô Parecido à Cachorro Funciona Automáticamente

O robô se move a uma velocidade de 6 km/h (3,7 mph) usando apenas o movimento da esteira que passa por baixo dele para continuar correndo.
O robô se move a uma velocidade de 6 km/h (3,7 mph) usando apenas o movimento da esteira que passa por baixo dele para continuar correndo. Alain Herzog/EPFL

Nos últimos tempos, houve um aumento no número de “cães robóticos” quadrúpedes, mas eles geralmente dependem de motores de controle para sustentar seus movimentos de corrida. Em contrapartida, uma nova versão experimental continua a correr de forma independente após ser iniciada.

Um estudante canadense de robótica chamado Mickaël Achkar desenvolveu o dispositivo no instituto de pesquisa EPFL, na Suíça, utilizando dados de captura de movimento de cães reais em movimento. Usando a análise de componentes principais, esses dados foram organizados em vários vetores que definiram os aspectos primários do movimento do cão, influenciando o design do dispositivo.

Projeto Robótico Simétrico

O robô resultante, caracterizado pela simetria bilateral, apresenta hastes de metal como estrutura esquelética, polias de polímero impressas em 3D para as articulações e cabos de aço finos que imitam os tendões. Como um cão genuíno, cada uma de suas quatro pernas possui três articulações, todas mecanicamente sincronizadas entre si.

Durante os testes em uma esteira motorizada, Achkar e seus colegas fizeram uma descoberta inesperada: uma vez que o robô começou a correr, ele podia sustentar seu movimento somente por meio do movimento da esteira. Embora o robô tivesse motores capazes de mover cada perna, esses motores não precisavam permanecer ativos.

“No início, achamos que poderia ser uma coincidência”, observou Achkar. “Então, fizemos alguns pequenos ajustes no projeto e realizamos outro teste, mas o robô não conseguia mais manter o funcionamento.”

Aumentando a Estabilidade com um Contrapeso

Para resolver esse problema, os pesquisadores adicionaram um contrapeso semelhante a um pêndulo na parte traseira do robô para ajudar a manter o movimento depois que ele começou a correr. No entanto, é importante observar que o robô não é uma máquina de movimento perpétuo; ele ainda depende de seus motores para ações como pular e transpor obstáculos.

Achkar esclareceu: “Nosso objetivo não é competir com cães robóticos altamente avançados, mas sim explorar projetos inspirados na natureza. Isso envolve o refinamento da estrutura fundamental de um robô e o ajuste de suas propriedades passivas para minimizar a necessidade de sistemas de controle complexos e, ao mesmo tempo, maximizar suas capacidades. O que conseguimos aqui – otimizar a funcionalidade das articulações para obter sinergia – já se mostrou benéfico na criação de mãos robóticas e outras partes do corpo.”

Você pode ver o robô em ação, simulando o movimento de corrida de um cão, no vídeo abaixo:

Liberando o cão-robô bioinspirado

Leia o Artigo Original: New Atlas

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