Revelando a Biologia da Produção de Insulina
A descoberta da insulina foi um avanço que salvou vidas de inúmeras pessoas que sofrem de diabetes em todo o mundo, mas ainda há conhecimento limitado sobre os estágios iniciais da produção de insulina.
No entanto, pesquisadores da Universidade de Michigan fizeram progressos na compreensão de um aspecto crucial da produção de insulina. No entanto, ao examinar os RNAs mensageiros envolvidos na síntese de insulina em moscas-das-frutas, eles identificaram uma marca química no mRNA que desempenha um papel vital na tradução em proteína de insulina. Alterar esta etiqueta pode afetar a quantidade de insulina produzida.
O estudo, conduzido por Daniel Wilinski e Monica Dus, foi publicado na revista Nature Structural and Molecular Biology.
RNAs mensageiros e suas etiquetas decorativas
Portanto, os genes nas células de um organismo contêm informações que são transcritas em proteínas por meio de RNAs mensageiros. Esses RNAs agem como fotocópias do DNA e transportam informações protéicas para o citoplasma da célula, onde ocorre a síntese protéica. Os RNAs são decorados com pequenas moléculas chamadas “tags”, que podem influenciar a função do RNA e a produção de proteínas.
Na verdade, os pesquisadores descobriram que as moscas-das-frutas são um excelente modelo para estudar a produção de insulina, pois suas células de insulina estão localizadas em seus cérebros e são facilmente acessíveis. Eles se concentraram em uma tag específica chamada RNA N-6 adenosina metilação, ou m6A.
Abordagens Experimentais e Insights
Para investigar a tag m6A, os pesquisadores primeiro identificaram quais RNAs tinham a tag. Eles então rotularam as células de insulina com uma molécula fluorescente e usaram microscopia para observar a produção de insulina em duas condições: quando a enzima m6A responsável por marcar o mRNA foi eliminada e quando as marcas m6A foram removidas usando CRISPR.
Portanto, em ambos os casos, a capacidade das moscas de produzir insulina foi significativamente reduzida. Entreatanto, esta descoberta indica que a presença da etiqueta m6A é essencial para a produção eficiente de insulina. Os pesquisadores também observaram que essa marca é conservada em várias espécies, incluindo peixes, camundongos e humanos, sugerindo um mecanismo regulatório semelhante para a produção de insulina em humanos.
Implicações para o controle da obesidade e do diabetes
Dada a crescente epidemia de obesidade e diabetes em todo o mundo, a descoberta desse mecanismo regulador é uma promessa para a compreensão e tratamento dessas doenças metabólicas. Baixos níveis de tais marcadores químicos foram observados em pessoas com diabetes tipo 2, indicando caminhos potenciais para intervenções terapêuticas.
“O estudo fornece informações valiosas sobre a biologia molecular da insulina e sua regulação, lançando luz sobre aspectos que ainda precisam ser mais explorados. No entanto, ao entender melhor a insulina, os pesquisadores esperam abrir caminho para tratamentos e estratégias mais eficazes para combater o diabetes e as condições metabólicas relacionadas”.
Leia o artigo original em: Phys Org
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