Medição Das Emissões De Gases De Efeito Estufa De Lagoas Aprimora A Previsão Climática

Medição Das Emissões De Gases De Efeito Estufa De Lagoas Aprimora A Previsão Climática

Crédito: Earth.

Sendo as emissões de gases de efeito estufa de lagos e lagoas rasas relevante, pouco se sabe, sobre as variações nas emissões desses sistemas. Estudo liderado pela Universidade de Cornell examinou as emissões de metano e dióxido de carbono de 30 pequenos lagos e lagoas em regiões temperadas da Europa e da América do Norte. Os resultados revelaram que os corpos d’água menores e mais rasos apresentaram a maior variabilidade de emissões ao longo do tempo.

Avanços Nos Modelos Climáticos

O estudo é uma etapa crucial para aprimorar os modelos climáticos e prever com precisão as emissões de corpos d’água interiores. Ele enfatiza a importância de estudar mais de perto os pequenos corpos d’água. A pesquisa identifica possíveis fatores que influenciam as concentrações de gases de efeito estufa e razões por trás da variabilidade em alguns lagos. Podendo, ser os resultados usados para prever quais corpos d’água têm maior probabilidade de apresentar emissões variáveis e destacar a necessidade de amostragens frequentes.

Estimativas anteriores dos pesquisadores sugeriram que lagos e lagoas rasas podem contribuir com cerca de 5% das emissões globais de metano. No entanto, sem medições abrangentes de vários corpos d’água, esse número pode variar de metade a duas vezes essa porcentagem.

Enquanto alguns pequenos lagos e lagoas emitem consistentemente gases de efeito estufa em quantidades previsíveis, outros apresentam alta variabilidade. Tal compreensão é crucial, pois o dióxido de carbono e o metano são gases de efeito estufa potentes, sendo o metano 25 vezes mais eficaz na retenção de calor do que o dióxido de carbono.

Desvendando A Variabilidade Espacial

Coletou-se amostras de cada corpo d’água nos verões de 2018 e 2019 , incluindo o ponto mais profundo e dois locais em extremidades opostas. As amostras de dióxido de carbono mostraram consistência em todo o corpo d’água, sugerindo que uma única amostra poderia fornecer uma representação precisa.

No entanto, coletou-se as amostras de metano de vários locais para uma medição precisa. Também constatou-se que os sistemas mais rasos apresentaram maior variabilidade nas emissões de metano, indicando que a estratificação em águas mais profundas pode impedir o aumento dos gases para a superfície.

Sendo a variabilidade das emissões de dióxido de carbono influenciada pela quantidade de vida vegetal na água, enquanto a variabilidade do metano estava mais relacionada à profundidade e à estratificação da coluna d’água.

Além de avançar na compreensão científica, o estudo estabelece a base para informar as estratégias de mitigação do clima. Por exemplo, no estado de Nova York, as descobertas podem orientar o desenvolvimento de lagoas que ajudem os agricultores a gerenciar as secas de forma mais eficaz. A equipe de pesquisa tem como objetivo identificar métodos de construção de lagoas ou estratégias de gerenciamento que minimizem as emissões de gases de efeito estufa.

De modo geral, este estudo esclarece a dinâmica das emissões de pequenos lagos e lagoas, permitindo melhores previsões das contribuições de gases de efeito estufa e o desenvolvimento de estratégias para atenuar seu impacto.


Leia O Artigo Original Science Daily.

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