Como o fumo produzido a partir de grandes Incêndios Florestais pode afectar o clima local e tornar os incêndios piores

Como o fumo produzido a partir de grandes Incêndios Florestais pode afectar o clima local e tornar os incêndios piores

Incêndio em floresta.
Crédito: Canvas

Um grupo de investigadores atmosféricos da Universidade de Nanjing, trabalhando com dois colegas da Universidade de Tsinghua e outro do Instituto Max Planck de Química. Descobriu que o efeito do fumo produzido por grandes incêndios florestais pode levar a uma maior intensidade do fogo. No seu estudo, divulgado na revista Scientific Research Journal. A equipa utilizou várias ferramentas para medir o efeito da fuligem e outras partículas emitidas para o ar durante os grandes incêndios.

Crescimento dos incêndios florestais nas últimas décadas

Por outro lado, os investigadores planetários relatam que enormes incêndios florestais aumentaram tanto em número como em força ao longo das últimas décadas. Embora não esteja provado, a maioria no terreno suspeita que a modificação se deve às alterações climáticas. Nesta nova iniciativa, a equipa na China interrogou-se sobre o tipo de impacto que a fuligem do fumo produzido por tais incêndios pode estar a ter no clima local.

Recolheram dados de satélites e sensores de observação terrestre para treinar um modelo informático que utilizava tanto informação química como dados meteorológicos para rastrear as modificações no ar e no solo durante grandes incêndios florestais. Todavia, foi examinado o efeito em dois locais – Sudeste Asiático e Costa Oeste dos Estados Unidos da América.

Incêndios Florestais em Climas to tipo Mediterrâneo

Igualmente, para obter mais informações sobre incêndios em climas do tipo mediterrânico, como a Califórnia, os cientistas concentraram-se intensamente nos dados recolhidos do incêndio do Complexo de Agosto que queimou mais de um milhão de acres em 2020. O modelo mostrou que a fuligem do incêndio resultou na criação de uma manta de fumo sobre o local e à sua volta, prendendo o calor e impedindo a luz solar de alcançar o solo – uma situação que levou à instabilidade térmica. Devido a essa instabilidade, o ar foi sugado sob a manta de fumo, resultando em ventos de alta velocidade. E o vento provocou condições mais secas, tornando o fogo mais intenso.

Em locais como o sudeste asiático, as coisas eram diferentes. Apesar de terem produzido quase o mesmo resultado. O modelo revelou que à medida que o fumo subia em ar húmido, criava trovoadas que resultavam no arrefecimento da terra por baixo – o que levava a evitar que as monções sazonais se deslocassem para a área, tornando as coisas mais secas em geral. Estas condições resultaram em incêndios mais intensos.


Leia o Artigo Original em PHYS.

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