Kepler Descobre Novo Sistema de 7 Planetas

Kepler Descobre Novo Sistema de 7 Planetas

Kepler Descobre Novo Sistema de 7 Planetas
Sete mundos sufocantes – Um vislumbre do sistema Kepler-385. Crédito: NASA/Daniel Rutter

As missões Kepler da NASA foram concluídas, mas os astrônomos persistem em refinar seus dados, levando a descobertas notáveis sobre exoplanetas. Entre essas descobertas está a identificação do sistema de sete planetas mais quente, facilitada pela análise meticulosa dos dados.

Uma Estrela Ardente no Centro: Kepler-385

No centro desse sistema extraordinário está o Kepler-385, uma estrela que supera o nosso Sol em tamanho em aproximadamente 10% e irradia um calor escaldante 5% maior.

Em total contraste com as órbitas expansivas do nosso Sistema Solar, esses exoplanetas abraçam sua estrela, desfrutando de um intenso influxo de luz.

Sete Planetas Próximos

Os dois primeiros exoplanetas desse sistema têm períodos orbitais de 10 e 15 dias, respectivamente, e possuem raios apenas ligeiramente maiores que os da Terra. Esses mundos rochosos, se incluírem uma atmosfera, provavelmente têm uma fina.

Os cinco planetas restantes são mais gigantes, mas não chegam a ser classificados como planetas gigantes. Essas super-Terras têm um raio duas vezes maior que o do nosso planeta e estão envoltas em uma atmosfera densa.

Um Marco na Pesquisa de Exoplanetas

O professor Jason Rowe, da Bishop’s University, comenta: “Nossa revisão do catálogo de exoplanetas Kepler fornece a primeira análise verdadeiramente uniforme das propriedades dos exoplanetas. Os aprimoramentos na caracterização dos atributos planetários e estelares abriram as portas para uma exploração aprofundada dos sistemas exoplanetários, permitindo-nos traçar paralelos com o nosso Sistema Solar e mergulhar nas complexidades de sistemas específicos como o Kepler-385.”

Um Arranjo Planetário Único

Todos os sete planetas orbitam bem dentro do limite interno da zona habitável, mas são quentes demais para sustentar a vida como a conhecemos. No entanto, os astrônomos são cativados pela configuração planetária desse septeto.

Notavelmente, os dois planetas mais internos e os três mais externos exibem uma ressonância em suas órbitas, com seus períodos de rotação finamente sincronizados, produzindo uma sonificação cativante.

Um Avanço na Compreensão das Órbitas

O professor Eric Ford, da Penn State, ressalta a importância dessa descoberta, dizendo: “Nosso novo resultado é uma demonstração mais direta e independente de modelo de que sistemas com mais planetas em trânsito têm órbitas mais circulares”. Essa descoberta destaca a relação entre o número de planetas em trânsito e as excentricidades orbitais.

O Legado Duradouro do Kepler

O catálogo de candidatos a planetas revelado pelo Kepler permanece inigualável em seu tamanho e uniformidade, representando um recurso valioso para a pesquisa exoplanetária. Embora os observatórios atuais continuem avançando, esses pesquisadores enfatizam que os dados do Kepler continuam sendo o padrão ouro para a investigação de exoplanetas.

Jack Lissauer, cientista pesquisador do Centro de Pesquisa Ames da NASA, no Vale do Silício, na Califórnia, e principal autor do artigo que apresenta o novo catálogo, resume: “Reunimos a lista mais precisa de candidatos a planetas do Kepler e suas propriedades até o momento. A missão Kepler da NASA descobriu a maioria dos exoplanetas conhecidos, e esse novo catálogo permitirá que os astrônomos aprendam mais sobre suas características”.


Leia o Artigo Original: IFL Science.

Leia mais: Duas Equipes estão Avaliando a Viabilidade Econômica da Mineração de Asteroides

Share this post