A Maravilhosa Explicação Por Trás Dos Bigodes Dos Elefantes Em Suas Trombas
Um grupo de zoólogos do Centro Bernstein de Neurociência Computacional de Berlim, da Universidade Humboldt de Berlim, do Instituto Leibniz de Pesquisa em Zoologia e Vida Selvagem e do Jardim Zoológico de Berlim descobriu a função dos pelos localizados nas trombas dos elefantes. Em seu estudo, publicado no periódico Communications Biology, a equipe examinou trombas de elefantes e seus pelos utilizando duas abordagens diferentes.
A tromba de elefante é, indiscutivelmente, uma das características mais distintas entre os animais em todo o mundo. Ela possui uma notável combinação de sensibilidade e força, contando com cerca de 150.000 unidades musculares. Além disso, sua versatilidade é verdadeiramente notável: os elefantes utilizam suas trombas para diversas tarefas, incluindo respirar, segurar objetos, sugar água e borrifá-la para beber ou aliviar o incômodo das moscas.
Curiosamente, os elefantes até mesmo foram observados usando suas trombas como snorkels, permitindo-lhes atravessar leitos de riachos enquanto caminham no fundo. No entanto, o propósito dos pelos que revestem a tromba permaneceu relativamente desconhecido. Para esclarecer esse mistério, a equipe de pesquisa embarcou em um novo estudo.
O Curioso Caso das Maravilhas dos Pelos
A fase inicial da investigação envolveu a captura de gravações de vídeo em close-up das trombas dos elefantes em ação. Vários elefantes foram voluntários e incentivados a enfiar suas trombas através de um buraco em uma caixa para pegar guloseimas tentadoras, como cenouras ou maçãs. Os pesquisadores observaram de perto o papel, se houvesse algum, desempenhado pelos pelos no processo de obtenção das guloseimas. Surpreendentemente, descobriram que os pelos não apresentavam o mesmo comportamento que aqueles encontrados em outros mamíferos, como ratos – eles permaneciam imóveis e não mostravam qualquer resposta perceptível ao ambiente.
Durante a fase subsequente de sua pesquisa, a equipe procedeu à dissecação de trombas obtidas de elefantes falecidos. Ao examiná-las, fizeram várias observações notáveis sobre os pelos. Em primeiro lugar, observaram que os pelos nas trombas de elefantes eram comparativamente mais espessos do que aqueles encontrados em outros mamíferos e tinham formato cilíndrico. Além disso, descobriram que esses pelos não possuíam nervos foliculares, que normalmente são responsáveis pelas funções sensoriais nos pelos.
Com base em suas descobertas, os pesquisadores chegaram a uma conclusão significativa sobre o propósito dos pelos. Eles propuseram que essas estruturas especializadas servem para ajudar os elefantes a determinar a quantidade adequada de pressão a aplicar ao segurar ou apertar objetos. Esse atributo é particularmente importante considerando a ampla gama de itens que os elefantes manuseiam e manipulam.
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