Pesquisadores Criam Uma Nova Abelha Robótica Com Total Liberdade De Movimento

Pesquisadores Criam Uma Nova Abelha Robótica Com Total Liberdade De Movimento

Um avanço revolucionário na robótica em miniatura foi alcançado com o desenvolvimento de um novo robô, carinhosamente chamado de Bee++.
Uma abelha natural em uma planta. Crédito: Pexels/ Shutterstock

Um avanço revolucionário na robótica em miniatura foi alcançado com o desenvolvimento de um novo robô, carinhosamente chamado de Abelha++. Esse notável robô tem a capacidade de voar livremente em todos os seis graus de liberdade, o que representa um avanço significativo. As possíveis aplicações desse robô em miniatura vão desde a polinização artificial até operações de busca e resgate.

Projetado por uma equipe de pesquisadores da Washington State University (WSU), abelha possui quatro asas construídas com fibra de carbono e mylar, além de um atuador leve responsável pelo controle das asas. Notavelmente, a abelha++ é o primeiro de seu tipo a conseguir um voo estável em todas as direções, incluindo o desafiador movimento de guinada que, normalmente, é difícil para os robôs navegarem com sucesso. A WSU destacou essa conquista em um comunicado.

Bee++ Começa A voar Em Um Estudo Inovador De Robótica

A equipe de pesquisadores, liderada por Néstor O. Pérez-Arancibia, que é professor associado da Flaherty na Escola de Engenharia Mecânica e de Materiais da WSU, publicou suas descobertas sobre o Bee++ na revista IEEE Transactions on Robotics esta semana. Além disso, Pérez-Arancibia está programado para apresentar seu relatório na próxima Conferência Internacional IEEE sobre Robótica e Automação, a ser realizada no final de junho.

O desenvolvimento do Bee++ tem sido um esforço de longo prazo, que se estende por várias décadas, com pesquisadores de robótica de todo o mundo buscando criar um inseto voador artificial. O objetivo por trás desses avanços é revolucionar potencialmente vários campos, incluindo métodos de polinização de plantas, pesquisa biológica e operações de busca e resgate em espaços confinados, como edifícios ou estruturas desmoronadas.

De fato, para criar o robô, os pesquisadores tiveram que reconstruir digitalmente o cérebro do inseto usando controladores especializados. No entanto, esse processo envolveu uma combinação de projeto e controle robótico, com grande ênfase em algoritmos de controle matemático que imitam as funções de um cérebro artificial. Pérez-Arancibia, o principal pesquisador, destaca a importância desses “cérebros simples” como a tecnologia oculta que possibilita a funcionalidade do robô.

Superando O Desafio Da Orientação Na Robótica Inspirada Em Insetos

Em um projeto anterior em 2019, Pérez-Arancibia e sua equipe desenvolveram com sucesso um robô inseto de quatro asas capaz de decolar, inclinar-se e rolar, o que lhe confere quatro graus de liberdade. Entretanto, a implementação dos dois últimos graus de liberdade, conhecidos como guinada, representou um desafio maior.

A capacidade de controlar a guinada é fundamental, pois permite a navegação precisa em direção a um alvo. Sem o controle da guinada, o robô giraria constantemente, limitando sua eficácia. Pérez-Arancibia enfatiza a dificuldade dessa tarefa, observando que existiam ideias teóricas para o controle da guinada, mas a implementação prática foi prejudicada por limitações na tecnologia de atuação.

Embora o robô abelha desenvolvido pela equipe seja maior do que uma abelha comum, pesando 95 mg e com uma envergadura de 33 mm, ele representa um avanço significativo na robótica funcional nessa escala. Superar o desafio do controle de orientação é um marco importante no desenvolvimento desses robôs em miniatura.


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